Carne mal passada pode aumentar risco de demência
Lido no Diário de Notícias/PT- publicado por Ana Meireles
A carne mal passada no forno, grelha ou frigideira produz substâncias químicas que podem aumentar o risco de demência e Alzheimer, sugere um estudo hoje publicado por investigadores norte-americanos.
Os especialistas do Departamento da Divisão de Geriatria e Diabetes Experimental alimentaram ratos com uma dieta rica em produtos finais da glicação avançada (AGE), que têm sido associados a doenças como a diabetes tipo 2, e verificaram que as AGE tinham uma dosagem de proteínas consideradas perigosas para o cérebro e função cognitiva.
Uma dieta rica em AGE afeta a química do cérebro, resumem os especialistas que assinalam que os resultados foram “convincentes”, mas não forneceram “respostas definitivas”.
De acordo com a BBC, especialistas da Escola de Medicina Icahn no hospital Monte Sinai, em Nova Iorque, testaram o efeito de AGE em ratos e pessoas, e publicaram a experiência com animais na revista Proceedings of the National Academy of Sciences dos Estados Unidos.
Segundo os investigadores, as experiências revelaram uma acumulação de ‘beta amilóide’, uma proteína que é descrita como característica da doença de Alzheimer.
“Concluímos que a demência relacionada com a idade pode ser causalmente associada a altos níveis de alimentos com AGE”, anunciaram os investigadores, sublinhando que “é importante ressalvar que a redução de AGE derivados de alimentos é viável e pode fornecer uma estratégia de tratamento eficaz”.